Que diferença
básica poderíamos estabelecer entre a filosofia e a religião ou, melhor
dizendo, entre um livro de filosofia e um livro sagrado?
Os escritos
dos filósofos derivam de suas próprias mentes e, por mais criterioso que seja
este pensar, se submete à contestação.
Não podemos
dizer a mesma coisa a respeito dos livros sagrados que, segundo os seus
devotos, trazem em sua essência a verdade cristalina, definitiva,
derradeira.
A filosofia seria, portanto, algo
menor, um exercício mental dos humanos falíveis em busca da verdade. A
sabedoria proveniente dos livros sagrados, em contrapartida, pretende revelar
uma verdade que já foi encontrada.
Quando os
Vedas (livros sagrados indianos) nos dizem que aquilo que vemos como sendo a
Lua é apenas o aspecto ilusório de um planeta habitado por semideuses ou quando
a Bíblia nos diz que um homem passou três dias na barriga de um peixe e saiu de
lá “vivinho da silva”... não há como contestar.
Os seguidores
dos Vedas e da Bíblia acreditam possuir uma visão especial que os faz ver
coisas que nós, pobres mortais, não conseguimos enxergar. Afinal, a crença numa
verdade revelada é, para eles, superior a toda e qualquer evidência.
Ora, se é
assim, se a evidência pode ser colocada de lado, como posso duvidar de Xuxa,
que alega ver e conversar com duendes e gnomos?
Nossa, quanta verdade...
ResponderExcluirA fé cega emburrece.