25/09/2010

Dieta alimentar para portadores de Cirrose Hepática

A cirrose hepática é resultado final de anos de agressões ao fígado, sendo caracterizada pela substituição do tecido hepático normal por nódulos e tecido fibroso.
No fundo, nada mais é do que a cicatrização do fígado. Onde deveria haver tecido funcionante, há apenas fibrose (cicatriz).
Quanto mais extensa for a cirrose, a cicatriz, menor é o número de células saudáveis e maior é o grau de insuficiência hepática. Em última análise, a cirrose é um estado de falência (morte) do fígado, órgão nobre, sem o qual não conseguimos sobreviver. Várias doenças podem levar à cirrose, como alcoolismo e hepatites virais (tipos B, C e D), dentre outras.
Não há uma dieta específica, cada paciente tem necessidades que variam de características individuais. De modo geral, as recomendações básicas são evitar o excesso de sal, frituras e carne vermelha; manter abstinência alcoólica e procurar fracionar a dieta, comendo mais vezes ao dia uma menor quantidade de alimento. O adequado é individualizar a necessidade dietética, sob orientação do médico e do nutricionista.
Alimentos recomendados:
  • Arroz branco ou integral
  • Feijão: preto, marrom, branco ou outros
  • Óleo de girassol ou de milho
  • Azeite de oliva
  • Margarina sem sal
  • Carne branca (frango, peixe, peru)
  • Bacalhau sem sal
  • Carne de soja
  • Queijo de soja
  • Qualquer tipo de farinha (tapioca, mandioca)
  • Qualquer tipo de verdura (crua ou cozida)
  • Frutas: manga, pinha, melão, maçã, banana, mamão, pêssego, sapoti, abacate, uva, figo, caqui
  • Lentilha, ervilha, milho (sempre cozido)
  • Clara de ovo 3 (três) no café da manhã, cozidas
  • Pão integral ou de glúten
  • Macarrão integral
  • Leite de soja
  • Suco de frutas: caju, maçã, mamão, melão, pêra
  • 1-2 gramas de sal por dia (uma pitada = 1gr)
  • Alimentos que favorecem a função do fígado (endívia, escarola, aipo, rabanete, alcachofra, cenoura, nabo)
  • Comer bastante couve, espinafre, brócolis
  • Comer castanhas-do-pará por dia
  • Tomar um litro de líquido (água ou suco) por dia
Alimentos que precisam ser evitados:
  • Frituras, gordurosos e oleosos
  • Alimentos de consistência endurecida, torrados, cortantes e volumosos
  • Carne Vermelha (boi, porco, caça, peixe-boi, tartaruga, carneiro, vísceras, pato)
  • Frutas cítricas ou ácidas (limão, laranja, abacaxi, maracujá)
  • Leite animal in natura e derivados (queijo amarelo, manteiga)
  • Refrigerantes
  • Qualquer tipo de bebida alcoólica
  • Enlatados (seleta de legumes, patê, atum, sardinha) ou embutidos calabresa, salsicha, presunto)
  • Gema de ovo
  • Pão de massa branca, bolachas, biscoitos
  • Massas gordurosas (macarrão com ovos, pizza, pastel, tortas)
  • Chocolate, sorvete, creme de leite, leite condensado
  • Frutos do mar (camarão, lagosta, lula, caranguejo)
  • Água mineral, com ou sem gás, que contenha mais de 10mg de sódio por litro
  • Amendoim, pistaches, amêndoas, salgadinhos
  • Cereais matinais, chips, batatas fritas, purê de batatas em pó
  • Comprimidos efervescentes para digestão ou resfriados, bicarbonato de sódio e outros  medicamentos que possam conter sal
  • Condimentos como o sal, maionese industrializada, mostarda, azeitonas, molhos de tomate preparados ou extrato de tomate
  • Frios, salsichas, patê de fígado, carne seca, frutos do mar, como crustáceos, moluscos, ovas de peixe
  • Legumes em conserva, chucrute ou qualquer alimento preparado, enlatado ou congelado
Nutrição e cirrose
Pessoas com cirrose experimentam freqüente perda de apetite, náusea, vomito e diminuição de peso. Adultos com cirrose necessitam de uma dieta balanceada, rica em proteínas, provendo de 2.000 a 3.000 calorias por dia, para permitir uma regeneração das células. Porém, muita proteína resultará num aumento de amônia no sangue. Pouca proteína pode reduzir a regeneração do fígado.
Pessoas com cirrose sofrem acúmulo de fluido no abdômen (ascite) ou inchaço dos pés, pernas, ou parte das costas (edema). Ambas as condições são o resultado da hipertensão portal (aumento da pressão nas veias que entram no fígado). O sódio (sal) estimula a retenção de água no corpo. Os pacientes com retenção de fluidos devem eliminar o sal. Em geral, aconselha-se a redução da proteína de carne, que é a proteína mais tóxica ao cérebro, por proteína vegetal, em casos de cirrose.
As proteínas
A ingestão de quantidade de proteína adequada é importante para manter a massa muscular e auxilia o sistema de recuperação. A ingestão de proteína deve estar de acordo com o peso da pessoa e com a sua condição médica. Em geral, para que a regeneração das células do fígado ocorra nos pacientes que não têm cirrose, recomenda-se a ingestão de 1.0 a 1.5 gramas de proteína por quilo da pessoa, por dia.
Um número pequeno mas significativo de pacientes com cirrose pode vir a contrair uma doença chamada encefalopatia. As pessoas com esta doença apresentam sinais de desorientação e confusão mental. Enquanto alguns especialistas não acreditam que exista uma ligação entre a dieta alimentar diária e a encefalopatia, outros acreditam que uma redução drástica da proteína animal e a adoção de uma dieta vegetariana possam melhorar o estado mental.
A cirrose hepática é uma hepatopatia de caráter crônico, de etiologia variada, que cursa com astenia, anorexia, náuseas, flatulência, má digestão, constipação, diarréia e má absorção de nutrientes. Também podem aparecer complicações como ascite, varizes esofágicas e encefalopatia, que deverão seguir um controle médico.
No caso de o portador de Cirrose Hepática apresentar diarréias, recomenda-se uma dieta adstringente, com líquidos (em pequenas quantidades), para repor as perdas, e com alimentos sólidos, como o arroz cozido e cenoura. À medida em que os sintomas melhorem, além do arroz acrescentar pequenas quantidades de frango ou peixe e um pouco de pão torrado. A partir de então, de forma gradual, introduzir sopas, sêmolas e caldos suaves, batatas e verduras fervidas, em pouca quantidade.
Em caso de constipação (prisão de ventre), deve-se aumentar o consumo de fruta fresca e madura no café da manhã, por ser de grande contribuição de fibra solúvel (pectina) e água. Aumentar o consumo de verduras e hortaliças, iogurte, para melhorar a flora intestinal, diminuindo o consumo de produtos de padaria e confeitaria. Consumir arroz e massas integrais, evitando a utilização de laxantes.
Se a doença está avançada, a dieta deverá suprir as carências que se apresentem. A mais habitual é o déficit de vitaminas lipossolúveis (vitaminas A, D, K e  E), o que requer aumentar o consumo de sardinhas e peixes, como o salmão, para suprir a vitamina D (essencial para fixar o cálcio nos ossos), consumir brotos de verduras, em especial de alfafa, por seu conteúdo em vitamina K (vitamina necessária para a coagulação), aumentar o consumo de frutas e verduras de cores alaranjadas e amareladas e de folhas verdes, por seu conteúdo em beta-caroteno, que no organismo se transforma em vitamina A, e consumir cereais integrais, avelãs e nozes não tostadas, junto com azeites vegetais, como de oliva e de linho, por sua contribuição de vitamina E.
Alguns casos de cirrose podem apresentar quadro de descompensação, sendo a dieta o tratamento mais importante quando o paciente apresenta ascite (água na barriga) e encefalopatia hepática.
A mais importante orientação dietética na cirrose hepática é a proibição total de bebida alcoólica, pois o derivado do álcool denominado acetilaldeído age diretamente no hepatócito.
Fontes: Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite/Portal da Hepatite

21/09/2010

Professora da UFCG vence concurso promovido pela Fundação Getúlio Vargas

Dissertação de mestrado de Aline Barbosa de Lima levou o primeiro lugar em concurso sobre Experiências Inovadoras no Campo das Políticas Públicas.
A professora Aline Barbosa de Lima, da Unidade Acadêmica de História e Geografia da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), foi a vencedora da 2ª Edição do Concurso de Ensaios e Monografias sobre Experiências Inovadoras no Campo das Políticas Públicas, com Foco na Redução das Desigualdades, promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Com o tema Campesinato em movimento: análise de ação do estado e das estratégias autônomas de desenvolvimento no campo, o trabalho vencedor faz parte da dissertação de mestrado desenvolvido no Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), sob orientação da professora Maria de Fátima Ferreira Rodrigues.
O trabalho discute a redução das desigualdades sociais em assentamentos rurais do Estado da Paraíba, por meio da análise de ações do Estado, via políticas públicas, a exemplo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) e do Projeto Cooperar, como também estratégias autônomas de desenvolvimentos, tais como as chamadas Feiras Agroecológicas Paraibanas.
“Estou muito feliz com a premiação, mas quero ressaltar que este resultado é fruto de um trabalho coletivo, realizado pelo grupo de pesquisa Gestar, do qual faço parte”, destacou Aline.
Durante a pesquisa, foram realizadas entrevistas e reuniões com camponeses e agentes gestores das políticas analisadas, com registros fotográficos, aplicação de questionários e levantamentos bibliográfico e de dados.
A data de entrega da premiação, no valor de R$ 3 mil, ainda será divulgada pela FGV.
Fonte: Gloriquele Mendes–Ascom/UFCG