Por volta de 1990, os festejos carnavalescos, em Campina Grande , estavam em baixa. Quem gostava de carnaval aproveitava o feriadão para viajar a João Pessoa ou outra capital do Nordeste. Foi então que alguém teve a ideia de criar um evento alternativo que proporcionaria o encontro – não o confronto – de várias ideologias em busca de alternativas que conduzissem o fragmentado mundo moderno a uma convivência pacífica. Budistas, hinduístas, cristãos, muçulmanos, ateus, agnósticos, prostitutas, etc, expunham suas visões de mundo, em um clima de respeito e confraternização.
Em pouco tempo o evento tornou-se um sucesso: hotéis lotados, ruas cheias de turistas, que se encantavam com aquele convívio pacífico entre pessoas de pensamentos tão diferentes...

Daí em diante, totalmente dependente de recursos públicos, o Encontro para uma nova consciência começou a fenecer. Pressionados pelos evangélicos, e preocupados com os votos, os políticos foram reduzindo as verbas, matando à míngua o evento que tantos turistas trouxera à cidade, divulgando-a pelo Brasil a fora. A desorganização, a falta de divulgação e de informação, afastou a maioria dos turistas, restando alguns abnegados que ainda tentam manter o evento, apesar de todas as adversidades.
Com os cofres abastecidos, inclusive por dinheiro público, o Encontro para a consciência cristã vai realizar a sua 12ª. edição, a X2, como chamam, com uma organização impecável. Para eles, foram as suas orações que conduziram ao fracasso o Encontro para uma nova consciência. Era a consciência do Cristo vencendo a consciência satânica.
Sinto-me voltando à Idade Média. Apaguem as luzes, é hora de dormir.
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